quinta-feira, 26 de agosto de 2021

aves--provérbios vários

 Uma andorinha não faz a Primavera.

No dia de S. Brás, cegonhas verás.

Diz a cotovia: pôs-se o Sol, findou-se o dia. Diz o pardal: por mais um pouco, não fiques mal.

Gaivotas em terra: tempestade no mar.

Galo que a desoras canta: faca na garganta.

A galinha que canta é a dona dos ovos.

Quando ao gavião cai pena, não há mal que lhe não venha.

Quando cantam os melros, calam-se os pardais.

Cada mocho, em seu souto.

Papagaio velho não aprende a falar.

Pássaro que na ribeira se cria sempre por ela pia.

Casa feita, pega morta.

Perdiz derreada perdigotos guarda

 À rola e ao pardal não engana o temporal

Literatura Popular de Trás-os-Montes e Alto Douro – Joaquim Alves Ferreira, IV Volume, 1999

https://folclore.pt/proverbios-sobre-as-aves-e-outros-animais/

Por morrer uma andorinha, não acaba a primavera.

Ave de bico nunca fez dono rico.

Aves da mesma pena andam juntas.

Das aves, boa é a perdiz, mas melhor é a codorniz.

De ave de bico encurvado, livra-te dela como do diabo.

Duas aves de rapina não se fazem companhia.

É má a ave que seu ninho suja.

Mulher boa, ave rara.

Pelo canto conhece-se a ave.

Gado de bico nunca fez ninguém rico.

Gaiola bonita não dá de comer ao canário.

Pássaro gabado sai carriça.

Quando julho está a começar, as cegonhas começam a voar.

Cria o corvo, tirar-te-á os olhos.

Ninguém morre no ano sem ouvir cantar o cuco.

Ainda que a garça voe alta, o falcão a mata.

Voo de falcão, morte de gavião.

Onde vai galo de fama, não têm as frangas que fazer.

Vinho que nasce em maio, é para o gaio…

Gaiola aberta, pássaro morto.

Gaivotas em terra, sinal de bom tempo.

Gaivotas em terra, temporal no mar.

Gaivotas pelas portas, água pelas grotas.

Gaivotas por terra, ou fome ou guerra.

 

A galinha da vizinha é mais gorda do que a minha.

A galinha de janeiro vai pôr com a mãe ao colmeio.

 A mulher e a galinha, com o sol recolhida.

A mulher e a galinha são bichos interesseiros: a galinha pelo milho e a mulher pelo dinheiro.

À mulher e à galinha, torcer-lhe o pescoço para a fazer boa.

Aldeã é a galinha e vai à mesa da rainha.

Aonde a galinha tem os olhos tem os ovos.

Aonde canta galo não canta galinha.

Bago a bago enche a galinha o papo.

Doze galinhas e um galo, comem como um cavalo.

É rainha a galinha que põe os ovos na vindima.

Fraca é a galinha que não esgravata para ela.

Galinha cega, de vez em quando apanha um grão.

Galinha de campo não quer capoeira.

Galinha de casa mais come do que vale.

Galinha de eira, quer capoeira.

Galinha de janeiro, enche o poleiro.

Galinha gorda por pouco dinheiro não há no poleiro.

Galinha pedrês, não a comas, não a vendas, não a dês.

Galinha pedrês, vale por três.

Galinha pinta, ovos trinta.

Galinha que canta de galo, põe o dono a cavalo.

Galinha que canta, faca na garganta.

Galinha que canta quer galo.

Galinha que canta, quer pôr.

Galinha que como galo canta, anuncia a morte do dono.

Galinha preta põe ovo branco.

Galinha rica, tudo que vê cobiça.

Galinha velha, faz boa cozinha.

Galinha velha, faz bom caldo.

Galinhas de são joão, pelo natal poedeiras são.

Grão a grão, enche a galinha o papo.

Luar de janeiro faz sair a galinha do poleiro, lá vem fevereiro que leva a galinha e o carneiro.

Mais vale pedaço de pão com amor que galinha com dor.

Mais vale um ovo hoje que uma galinha amanhã.

Não ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.

Pé de galinha não mata pinto.

Prudência e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Quando o galo canta, a galinha está por perto.

Quanto mais me dá a minha galinha amarela, mais eu quero por ela.

Quem não tem que fazer, compra galinhas e torna-as a vender.

Quem vende sardinha, come galinha.

Se o vilão soubesse o sabor da galinha em janeiro, não deixaria nenhuma no poleiro.

As mulheres cantam de galo, mas os homens estão no poleiro.

Como canta o galo velho, assim canta o novo.

Galo bom nunca foi gordo.

Galo branco não dá manhã certa.

Galo furtado, orelhas de fora.

Galo loiro dá agoiro.

Muito pode o galo no seu poleiro.

Na casa onde a mulher manda, até o galo canta fino.

Não é por o galo cantar que há-de madrugar.

Quando o galo canta, já é dia.

Todo o galo tem seu poleiro certo.

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Por santo urbão, gavião na mão.

A pequeno passarinho, pequeno ninho.

De raminho em raminho, o passarinho faz o seu ninho.

De tal ninho, tal passarinho.

Ninho feito, pega morta.

Papagaio velho não aprende a falar.

Estorninhos e pardais, todos somos iguais.

Mais vale ser pardal na rua, que rouxinol na prisão.

O primeiro milho é dos pardais.

Por medo dos pardais, não se deixa de semear cereais.

Quando o pardal tem fome, vem abaixo e come.

Quem passarinhos receia, milho não semeia.

 Cada qual vê a moral e a sabedoria segundo a sua perspetiva: o peixe olha de baixo, o pássaro de cima.

Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.

Pássaros do mar em terra, sinal de vendaval.

A pega com penas de pavão continua pega.

Oliveira não tem folha, o pavão comeu-a toda.

A perdiz é perdida se quente não for comida.

No tempo das perdizes, tanto mentes quanto dizes.

Quando em março arrulha a perdiz, ano feliz.


Fonte: Diciopédia DVD © Porto Editora, Lda.

https://avespt.com/proverbios-populares/

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