Uma andorinha não faz a Primavera.
No dia de S. Brás, cegonhas verás.
Diz a cotovia: pôs-se o Sol, findou-se o dia. Diz o pardal: por mais um pouco, não fiques mal.
Gaivotas em terra: tempestade no mar.
Galo que a desoras canta: faca na garganta.
A galinha que canta é a dona dos ovos.
Quando ao gavião cai pena, não há mal que lhe não venha.
Quando cantam os melros, calam-se os pardais.
Cada mocho, em seu souto.
Papagaio velho não aprende a falar.
Pássaro que na ribeira se cria sempre por ela pia.
Casa feita, pega morta.
Perdiz derreada perdigotos guarda
À rola e ao pardal não engana o temporal
Literatura Popular de Trás-os-Montes e Alto Douro – Joaquim Alves Ferreira, IV Volume, 1999
https://folclore.pt/proverbios-sobre-as-aves-e-outros-animais/
Por morrer uma andorinha, não
acaba a primavera.
Ave de bico nunca fez dono
rico.
Aves da mesma pena andam
juntas.
Das aves, boa é a perdiz, mas
melhor é a codorniz.
De ave de bico encurvado,
livra-te dela como do diabo.
Duas aves de rapina não se
fazem companhia.
É má a ave que seu ninho suja.
Mulher boa, ave rara.
Pelo canto conhece-se a ave.
Gado de bico nunca fez ninguém
rico.
Gaiola bonita não dá de comer
ao canário.
Pássaro gabado sai carriça.
Quando julho está a começar, as
cegonhas começam a voar.
Cria o corvo, tirar-te-á os
olhos.
Ninguém morre no ano sem ouvir
cantar o cuco.
Ainda que a garça voe alta, o
falcão a mata.
Voo de falcão, morte de gavião.
Onde vai galo de fama, não têm
as frangas que fazer.
Vinho que nasce em maio, é para
o gaio…
Gaiola aberta, pássaro morto.
Gaivotas em terra, sinal de bom
tempo.
Gaivotas em terra, temporal no
mar.
Gaivotas pelas portas, água
pelas grotas.
Gaivotas por terra, ou fome ou
guerra.
A galinha da vizinha é mais
gorda do que a minha.
A galinha de janeiro vai pôr
com a mãe ao colmeio.
A mulher e a galinha, com o sol recolhida.
A mulher e a galinha são bichos
interesseiros: a galinha pelo milho e a mulher pelo dinheiro.
À mulher e à galinha,
torcer-lhe o pescoço para a fazer boa.
Aldeã é a galinha e vai à mesa
da rainha.
Aonde a galinha tem os olhos
tem os ovos.
Aonde canta galo não canta
galinha.
Bago a bago enche a galinha o
papo.
Doze galinhas e um galo, comem
como um cavalo.
É rainha a galinha que põe os
ovos na vindima.
Fraca é a galinha que não
esgravata para ela.
Galinha cega, de vez em quando
apanha um grão.
Galinha de campo não quer
capoeira.
Galinha de casa mais come do
que vale.
Galinha de eira, quer capoeira.
Galinha de janeiro, enche o
poleiro.
Galinha gorda por pouco
dinheiro não há no poleiro.
Galinha pedrês, não a comas,
não a vendas, não a dês.
Galinha pedrês, vale por três.
Galinha pinta, ovos trinta.
Galinha que canta de galo, põe
o dono a cavalo.
Galinha que canta, faca na
garganta.
Galinha que canta quer galo.
Galinha que canta, quer pôr.
Galinha que como galo canta,
anuncia a morte do dono.
Galinha preta põe ovo branco.
Galinha rica, tudo que vê
cobiça.
Galinha velha, faz boa cozinha.
Galinha velha, faz bom caldo.
Galinhas de são joão, pelo
natal poedeiras são.
Grão a grão, enche a galinha o
papo.
Luar de janeiro faz sair a
galinha do poleiro, lá vem fevereiro que leva a galinha e o carneiro.
Mais vale pedaço de pão com
amor que galinha com dor.
Mais vale um ovo hoje que uma
galinha amanhã.
Não ponhas todos os ovos
debaixo da mesma galinha.
Pé de galinha não mata pinto.
Prudência e caldos de galinha
nunca fizeram mal a ninguém.
Quando o galo canta, a galinha
está por perto.
Quanto mais me dá a minha
galinha amarela, mais eu quero por ela.
Quem não tem que fazer, compra
galinhas e torna-as a vender.
Quem vende sardinha, come
galinha.
Se o vilão soubesse o sabor da
galinha em janeiro, não deixaria nenhuma no poleiro.
As mulheres cantam de galo, mas
os homens estão no poleiro.
Como canta o galo velho, assim
canta o novo.
Galo bom nunca foi gordo.
Galo branco não dá manhã certa.
Galo furtado, orelhas de fora.
Galo loiro dá agoiro.
Muito pode o galo no seu
poleiro.
Na casa onde a mulher manda,
até o galo canta fino.
Não é por o galo cantar que
há-de madrugar.
Quando o galo canta, já é dia.
Todo o galo tem seu poleiro
certo.
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Por santo urbão, gavião na mão.
A pequeno passarinho, pequeno
ninho.
De raminho em raminho, o
passarinho faz o seu ninho.
De tal ninho, tal passarinho.
Ninho feito, pega morta.
Papagaio velho não aprende a
falar.
Estorninhos e pardais, todos somos iguais.
Mais vale ser pardal na rua,
que rouxinol na prisão.
O primeiro milho é dos pardais.
Por medo dos pardais, não se
deixa de semear cereais.
Quando o pardal tem fome, vem
abaixo e come.
Quem passarinhos receia, milho
não semeia.
Cada qual vê a moral e a sabedoria segundo a sua perspetiva: o peixe olha de baixo, o pássaro de cima.
Mais vale um pássaro na mão do
que dois a voar.
Pássaros do mar em terra, sinal
de vendaval.
A pega com penas de pavão
continua pega.
Oliveira não tem folha, o pavão
comeu-a toda.
A perdiz é perdida se quente
não for comida.
No tempo das perdizes, tanto
mentes quanto dizes.
Quando em março arrulha a
perdiz, ano feliz.
Fonte: Diciopédia DVD © Porto Editora, Lda.
https://avespt.com/proverbios-populares/
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